segunda-feira, 20 de agosto de 2012

3por4 - Caetano Veloso

Por ocasião dos 70 anos de Caetano, merecemos ao grande artífice da MPB uma justa homenagem neste 3por4 especial
(Foto: Divulgação)

Na edição de hoje do programa 3por4, perfil musical de um artista ou um grupo nacional, homenagearemos o cantor, compositor, escritor e poeta Caetano Veloso, que completou, no dia 7 deste mês, 70 anos de uma trajetória marcada por muita irreverência e ousadia.

Quinto dos oito filhos de Dona Canô e seu Zeca, Caetano Emanuel Viana Teles Veloso nasceu na pequena cidade de Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano. Sua vocação artística se iniciou desde criança, quando despertou interesse pelas artes plásticas. No entanto, sua maior paixão foi a música. Influenciado por João Gilberto, de quem mais tarde se tornaria amigo, Caetano ingressou na carreira musical interpretando canções de bossa nova.

O ano de 1967 foi decisivo para a consagração nacional de Caetano Veloso. Depois de participar do III Festival de Música Popular Brasileira, o cantor, junto com Gilberto Gil, deu início ao movimento que mais tarde iria revolucionar o cenário cultural do país, o Tropicalismo.

Em 1968, ano em que foi lançado o álbum Tropicália ou Panis et circensis, com canções interpretadas por Gil, Gal Costa, Os Mutantes, Tom Zé, dentre outros, além do próprio Caetano, também marco do movimento revolucionário da época, desafiou a ditadura militar com a música É proibido proibir.

Ao ser vaiado durante a apresentação no III Festival Internacional da Canção, interpretando o hino contra a censura, o artista foi desclassificado do evento. Em dezembro do mesmo ano, foi condenado por violar a bandeira e o hino do Brasil. Em 1969, acabou sendo exilado em Londres, onde ficou por dois anos. Lá, ele compôs várias canções em inglês, como London, London. Caetano retornou a seu país somente em 1972.

Em homenagem aos 70 anos de Caetano, artistas de todo o mundo participaram da gravação do disco A tribute to Caetano Veloso, que conta com 16 faixas assinadas pelo músico baiano. A carreira não está nem perto de chegar ao fim. Depois de lançar cerca de três discos nos últimos anos, o filho mais ilustre de Santo Amaro continua cantando e surpreendendo plateias pelo mundo.

Confira o programa abaixo, produzido por Érica Torres (roteirista e locutora) e Hugo Gonçalves (roteirista, operador de áudio e editor de áudio), sob a constante orientação de Max Bittencourt.